Lucros sobem 33% no primeiro trimestre

O Grupo Mota-Engil registou um aumento do resultado líquido em 33% para 7,3 milhões de euros no 1º trimestre de 2014 e uma carteira de encomendas de 3,9 mil milhões de euros, da qual 81% é proveniente dos mercados fora de Portugal.

O volume de negócios alcançado no primeiro trimestre foi de 488 milhões de euros, um crescimento de 3,5% em relação ao período homólogo, assegurado fundamentalmente por África e pela América Latina, que cresceram 33,2% e 17,6%, respetivamente.

A nível da rentabilidade operacional o Grupo conseguiu manter a tendência de crescimento absoluto, já que o EBITDA cresceu 21,7% para os 75,7 milhões de euros e o EBIT cerca de 33%, com margens de 15,5% e 10%, respetivamente.

As regiões de África e América Latina continuam a ser o motor de desenvolvimento do grupo, representando 68% do total da atividade do Grupo, perspetivando-se que a tendência de crescimento se mantenha, em linha com o previsto no Plano Estratégico “Ambição 2.0” e a dinâmica comercial verificada ao longo dos últimos trimestres.

Em África, que representa 47% da atividade total do Grupo, manteve-se a dinâmica de crescimento verificada ao longo dos últimos anos, registando-se um crescimento de 33,2%, com um volume de negócios de 231 milhões de euros e um EBITDA de 50,3 milhões de euros, que representa um aumento de 52% face ao período homólogo. Estes valores devem-se em grande parte ao projeto ferroviário do Corredor de Nacala e ao aumento da atividade de forma significativa em Moçambique e em novos mercados da região, onde o Uganda é o mais recente exemplo.

Na Europa, o volume de negócios atingiu 177 milhões de euros, uma redução de 20% devido à quebra no negócio de Engenharia e Construção, influenciada pela redução do investimento público e privado nesta região. Quanto à rentabilidade operacional, a região conseguiu manter a margem de EBITDA face ao período homólogo, verificando-se uma resiliência e capacidade de gerar eficiência operacional que é de assinalar.

Na América Latina, o primeiro trimestre ficou marcado pela manutenção da tendência de crescimento, com o México e Brasil a consolidarem a atividade e com a Colômbia a iniciar um percurso de contratação de novos projetos. Pela primeira vez, a região atingiu um volume de negócios superior a 100 milhões de euros num primeiro trimestre e um EBITDA de 8,2 milhões de euros. Destaca-se nesta região o forte dinamismo comercial evidenciado pelo crescimento da carteira e pela diversificação crescente da atividade.

Em relação ao desempenho da gestão financeira, o Grupo continua a assegurar um controlo rigoroso da sua dívida, tendo reduzido o endividamento bruto em 37 milhões de euros, com manutenção do nível de dívida com vencimento a mais de um ano foi acima de 70%, o que assegura a adequada maturidade.

O Grupo continua assim a apresentar um forte desempenho operacional e reforça o seu balanço a cada trimestre, criando valor, procurando uma rentabilidade crescente e um controlo da gestão financeira.